quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Por que fazer faculdade/universidade?

Este texto é para mostrar a você (e talvez para eu mesma) que se existe um problema, ele é nosso, mas não foi causado pela gente. A culpa não é sua!

Diploma não é inútil. Estamos vivendo um período muito ruim na economia brasileira,  a crise,  e para tentar restaurar a economia a ideia do atual governo foi cortar exatamente da parte da população que mais precisa de apoio.

Há não muito tempo atrás,  quando parte dos brasileiros não conseguiam ingressar nas universidades,  era um espaço restrito para determinadas pessoas,  o diploma era bom, dificilmente se via matérias nos meios de comunicação colocando em dúvida a educação superior, criticando os recém formados ou ainda duvidando da sua capacidade, ao invés de se ocuparem analisar a falta de oportunidades. 


Vejamos: De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD do IBGE) a taxa de desemprego é de 11,8% a maior desde 2012 e os mais atingidos são os jovens que ainda não tem muitas experiências profissionais compatíveis com suas qualificações. Com um levantamento realizado pelo site G1 com o Ministério do Trabalho e Previdência Social até maio de 2016 o Brasil só criou vagas formais na indústria, pesca, agricultura e comércio com remuneração até 1 salário mínimo, uma das piores médias de 2003 a 2014, onde concentravam empregos na faixa salarial de até 1,5 salário mínimo.

Ser formado em direito,  medicina, arquitetura... era incrível. Atualmente,  quando a população mais carente, através de ações afirmativas e sistemas educacionais que tentam promover a igualdade, conseguiram entrar e “furar a bolha” tão restritiva,  o diploma perdeu o valor? Em pesquisa publicada na quarta feira (16) de novembro deste ano, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o nível de escolarização dos pais influencia na ascensão profissional dos filhos. E mais, ter diploma não é garantia de empregabilidade. Pelo menos é o que estamos assistindo. Talvez, nunca tenha sido. Quando  nós resolvemos fazer faculdade/Universidade pensamos naquilo que gostamos,  buscando uma realização pessoal  e na ascensão profissional; crescer na vida.

Se você faz/fez o ensino superior só para ter emprego, poderá se frustrar,  primeiro que não entramos no mercado de trabalho pela porta da frente ou sentamos na janela. O trabalho é árduo. E segundo, quando entramos na Universidade conhecemos um mundo novo, repleto de oportunidades, conhecemos diferentes pessoas e temos que nos adaptar goste ou não. Quanto mais educação você tem, mas direitos seus você vai conhecer, vai exigi-los do governo e votar conscientemente. Você faz faculdade para garantir o futuro dos seus filhos, mudar a realidade do seu bairro,  criar alternativas para outras pessoas terem oportunidades que você teve.

Você se torna independente de tudo.

Fazer faculdade não é sinônimo de empregabilidade. Emprego é uma consequência é o que nós almejamos para alcançar metas, colocar em prática nossas aptidões, alcançar estabilidade financeira. O sinônimo de ensino superior é amadurecimento intelectual somado a aprender uma ocupação além do trabalho braçal (segundo Elza Soares, é o que segura o Brasil nos braços).

E se você acha isso pouco ou discorda completamente,  reflita.

No demais, e não desistir e perseverar. A fila tem que andar.

      

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