domingo, 23 de abril de 2017

Crítica/Resenha: Distrito 9 (District 9)

Contém alguns spoilers
Data de lançamento 16 de outubro de 2009 (1h 50min)                                         
Direção: Neill Blomkamp
Elenco: Sharlto Copley, Jason Cope, Nathalie Boltt mais
Gêneros Ficção científica, Suspense, Ação
Distribuidor: SONY PICTURES
Prêmio Ray Bradbury 2009: Neill Blomkamp, Terri Tatchell
Critics' Choice Award 2010: Melhor Maquiagem


Eu amei este filme tanto que estou aqui escrevendo essa resenha. Eu tenho um grande fraco por filmes de terror e ficção cientifica, quando são bons fico pensando neles por vários dias. Este filme não foi diferente.

“Distrito 9” é um bairro de extrema pobreza localizado na África do Sul (conhecido por possuir uma minoria branca muita rica) onde residem alienígenas que há vinte anos atrás chegaram na Terra e foram impedidos de retornar para o seu planeta, pois uma agência chamada MNU confiscou sua nave mãe que ficou pairando em cima da cidade  por todo aquele tempo.  

Foto Divulgação da internet
O filme é rodado em forma de documentário e no início tem depoimentos sobre um funcionário; bem no estilo careta, gel no cabelo, óculos, pasta na mão, calça cor bege no umbigo, mas, bom, muito inteligente e pesquisador de alienígenas — até entender a língua deles ele compreende —, porém este mesmo homem, o Wikus Van De Merwe (Sharlto Copley), não é lá muito esperto. Tem muitos amigos, um emprego bom e é casado com uma mulher que o ama muito, a propósito filha do dono da agência MNU. Por seus predicados ele é escolhido para ir fazer uma expedição no Distrito 9 para despejar os alíens para um distrito muito menor, como campos de concentração.

Alguns extraterrestres são extremamente inteligentes e gentis (a caracterização torna o olhar deles muito humano) e se recusam a assinar e, por isso, ocorre um massacre. As cenas são terríveis. Os alienígenas são tratados como animais, até comida de gato eles comem, sendo este o único alimento. Neste lugar ele conhece Christopher, um alienígena que aparenta ser de um "nível superior".  

E, também, é nessa expedição que Wikus entra em contato com um fluido que o faz se transformar num alienígena.

Foto Divulgação da Internet
Foto Divulgação da Internet
A agência MNU é vigiada pela ONU (Organizações das Nações Unidas), mas o que não a impede de cometer dezenas de delito como abuso de poder, espancamento, agressões, assassinatos e experiências de dissecação dos extraterrestres vivos, que são civilizados e não apresentam nenhuma resistência, estão totalmente fragilizados, não tem comida e nem uma moradia digna, sofrem abusos de funcionários da agência e da população que vive aos redores do bairro que, de acordo com sua crença religiosa, acredita que se comer partes do corpo dos alienígenas eles ficarão mais fortes  e inteligentes como eles.

Os alienígenas constroem armas com uma tecnologia que interessa ao governo e a MNU, que age de maneira secreta tentando desvendar os segredos de uso e de manipulação desta tecnologia única.

É importante salientar que este filme tem uma crítica social gritante, este gancho incrível de Wikus se transformar em alienígena não é nada mais do que ele exercendo a empatia e pensando: “E se fosse eu?”, passando, a partir desse ponto, por uma grande mudança de comportamento.

Foto Divulgação da Internet
É quase impossível não fazer o paralelo com a vida real: a segregação racial; as moradias lembram as favelas; a violência policial; o descaso das organizações não governamentais e do governo, por não dar assistência básica; as crenças religiosas tratadas como algo normal que levam a violência, como as que acontecem com os albinos na áfrica por serem diferentes; o não respeito às diferenças. Além, é claro, da campanha difamatória realizada pelos meios de comunicação tradicionais (rádios, revista, jornais e televisão) que, com certeza, é vendida e presta serviços a empresa MNU em troca de patrocínios, pois no filme usaram imagens falsas de Wikus.

Foto Divulgação da Internet
O filme se desenrola em menos de 5 dias, muita coisa acontece. Recomendo DEMAIS este filme. Eu me apaixonei por Chris e seu filhinho, um pequeno gênio. E eu acredito na promessa de Christopher a Wikus!


Foto Divulgação da Internet
O final é lindo, triste e faz você querer uma continuação.
Por mais filmes assim a nota é 9,5


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