segunda-feira, 25 de abril de 2016

Resenha de filme: A partida (Departures)

Lançado em 2008, classificado como drama, do Diretor Yojiro Takita. Ganhador do Oscar de melhor filme estrangeiro em 2009 "A partida" (Okuribito) é um filme que expõe costumes, preconceito e emoções relacionados fortemente com a cultura japonesa. Um povo que , como nós brasileiros, tem características próprias e diferentes de outros lugares.

SINOPSE:

O personagem principal, Daigo Kobayashi (Masahiro Motoki), abandonado pelo pai quando criança, tem um talento sem igual: toca violoncelo perfeitamente. Mas, vida de artista pobre não é fácil e, ainda por cima casado, numa cultura machista, precisa sustentar sua esposa Mika (Ryoko Hirosue), sua família. E para isso, desiste de um sonho: viver de música tocando em orquestra. Abandona a vida na cidade e retorna para o interior, onde cresceu, reencontrando lá amigos e memórias dolorosas. Arruma um emprego numa funerária e ao mesmo tempo toma uma difícil decisão. Encontra em seus amigos de trabalho, uma extensão da família que o apoiam incondicionalmente. E a partir daqui tudo muda em sua vida. 
Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

ANÁLISE: 

Foto: Divulgação

O filme é embalado por uma trilha sonora linda, somente no violoncelo (a cena do Natal é emocionante, prepare os lencinhos) Repleto de significados, é necessário prestar bastante atenção nos detalhes da cena como nas lembranças do Daigo que envolve pedras e o rosto embaçado do seu pai. Você entenderá quando assistir ao filme. 

É no preconceito sofrido por Kobayashi que é retratado a evolução dele, sua relação com os corpos, com a família dos falecidos e com a comida, daí que percebemos o amadurecimento dele e consequentemente da sua esposa. Ele aprende a lidar com as diferenças respeitando qualquer pessoa independente de gênero e religião. Descobre o verdadeiro significado do perdão e o exercício da empatia; todas essas questões são colocados em plano de fundo nesse filme. É bom ressaltar que o povo japonês tem um enorme tradicionalismo que coloca em evidencia determinados preconceitos. 

A cena final carrega muitos sentido em poucos segundos. Observa-se que a família composta por Daigo e Mika está com o coração "puro" e "sereno". Talvez algumas cenas iniciais irrite o telespectador acostumado com a estética americana, devido a atuação dos atores, as caras e bocas e os movimentos corporais. Filmes estrangeiros, principalmente chineses e japoneses, são totalmente diferentes dos hollywoodianos e tem seu valor. 


Foto: Divulgação


A fotografia na maioria das vezes é bonita, mas também confusa, escrevo isso em razão dos objetos espalhados pela casa dos Kobayashi's numa desorganização proposital. Outro ponto interessante é a locação para a gravação de algumas cenas, porque são super fora do lugar comum para os ocidentais, como por exemplo, a casa de banhos e a casa de chás, que são super top de balada, o point de encontro da cidade. Surreal!!!

Recomendo esse filme para as pessoas que tem receio da morte. O filme a retrata de modo delicado e natural. Belíssimo!



Ah, tem disponível no youtube e está dublado.


MÚSICAS (Retirado do Wikipedia):

  1. "Shine of Snow I" 1:12
  2. "Nohkan" 3:10
  3. "Kaisan" 0:53
  4. "Good-Bye Cello" 2:16
  5. "New Road" 1:15
  6. "Model" 0:47
  7. "First Contact" 1:51
  8. "Washing" 0:34
  9. "Kizuna I" 1:57
  10. "Beautiful Dead I" 3:12
  11. "Okuribito (On Record)" 1:51
  12. "Gui-Dance" 2:26
  13. "Shine of Snow II" 2:25
  14. "Ave-Maria (Okuribito)" 5:29
  15. "Kizuna II" 2:04
  16. "Beautiful Dead II" 2:36
  17. "Father" 1:40
  18. "Okuribito (Memory)" 4:10
  19. "Okuribito (Final)" 4:59


Nota: 10


Beijos e até a próxima!

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